Como você enxerga o dinheiro?
Gostaria de possuí-lo em abundância?
Ou deseja ter apenas o suficiente para uma vida modesta e tranquila?
Dinheiro é bom ou é mau?
Você possui crenças limitantes sobre o dinheiro? Ou as suas crenças são fortalecedoras?
DINHEIRO é uma palavra muito forte, carregada de muitas emoções. Dependendo das circunstâncias e da mentalidade das pessoas essas emoções podem ser positivas ou negativas.
Mas como a grande maioria não o possui em abundância, as emoções negativas acabam se sobressaindo muito fortemente em relação às positivas.
Continue lendo este artigo para saber:
A influência dessas crenças em minha vida
As 5 maiores crenças limitantes sobre dinheiro e como resignificá-las
Os 3 passos fundamentais para modificar este modelo mental de crenças limitantes
A nossa infância, principalmente a fase de 1 a 7 anos de idade, é o período onde estamos sendo moldados. Recebemos estímulos e influências não só de nossos pais, mas também de irmãos, familiares, amigos, professores, vizinhos, líderes religiosos, mídia, cultura e diversas outras fontes.
É neste período que formamos a maioria de nossas crenças que são as noções mentais e as definições que nós temos sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos cerca, e que consideramos serem verdades absolutas.
O problema acontece quando estas “verdades absolutas” nos aprisionam num mundo de escassez e de privações. Elas acabam nos limitando e por isso são classificadas como crenças limitantes.
A INFLUÊNCIAS DESSAS CRENÇAS EM MINHA VIDA
Cresci ouvindo frases do tipo:
“Dinheiro não dá em árvores!”
“Dinheiro é sujo!”
“É melhor ter amigos na praça do que dinheiro no bolso!” (Como se só fosse possível escolher um dos dois em vez de ambos).
“É preciso suar muito pra ganhar dinheiro!”
“É melhor ser pobre e honesto do que rico e corrupto.” (Não seria melhor ser honesto e rico? Quem disse que honestidade e riqueza não podem coexistir?)
Posso dizer que sou um privilegiado nesta vida. Meus pais nunca foram ricos, mas também nunca foram pobres. Eram o típico casal padrão de classe média cujo principal objetivo era dar a mim e a meus irmãos uma boa educação, tanto escolar (estudamos sempre em boas escolas particulares) como moral, nos ensinando os principais valores que nos moldam até hoje: honestidade acima de tudo e amor e respeito aos próximos.
Sempre tive privações em minha vida de não poder fazer ou ter determinada coisa por não ter dinheiro suficiente. Isso me levou ao desejo de ter mais dinheiro para fazer o que quisesse.
Porém, nunca me senti totalmente confortável em ficar dando muita importância ao dinheiro que não tinha (e que desejava ter) por achar (crença) que pensar assim me tornaria uma pessoa menos nobre, menos espiritual, mais fútil, menos admirada e querida pelas pessoas que me cercam.
O incômodo vinha também por pensar que focava em uma coisa tão fria em vez de direcionar minha energia para ações e sentimentos mais altruístas como amor ao próximo, caridade, amizade incondicional, felicidade e respeito.
Passei longos anos de minha vida vivendo este dilema: pensando em alguma forma de ganhar mais dinheiro e ao mesmo tempo sentindo culpa por pensar assim.
Li dezenas de livros a respeito, me especializei na área financeira, estudei a fundo, aprendi tudo sobre investimentos, acumulei uma bagagem de conhecimento volumosa sobre o assunto, e mesmo assim não conseguia tirar proveito de todo esse conhecimento em meu favor. Continuava vivendo financeiramente aquém do patamar que desejava.
Demorei muito para entender a causa desta não evolução da minha vida financeira: a culpa que carregava por estar pensando tanto em dinheiro e na maneira como ele poderia mudar minha vida. De todas as palavras relacionadas ao dinheiro a que mais me incomodava era “rico”.
Tinha um certo preconceito com as pessoas ricas. Associava-as a pessoas gananciosas, sem coração, sem valores, sem caráter, que valorizavam o dinheiro acima de tudo em suas vidas: família, amigos, sociedade, felicidade e qualquer outra coisa que para mim sempre teve muito mais valor.
Nunca me senti confortável em dizer, nem que fosse só pra mim mesmo em pensamento, que queria ser rico. Achava um desejo vazio, egoísta, sem nobreza, que não me agregava nenhum valor admirável, pelo contrário, que fazia com que as pessoas passassem a gostar menos de mim e me olhassem com desconfiança e decepção.
O máximo que eu tinha condições de dizer era: quero ter o dinheiro suficiente para levar uma vida feliz, nobre e saudável. Nesta frase a palavra “rico” não aparecia. Era um pensamento muito mais dignificante, muito mais confortável e menos egoísta.
Só quando percebi que eu mesmo me sabotava, que apesar de ter todo o conhecimento do mundo (apenas um modo de dizer, isso é humanamente impossível) sobre dinheiro e finanças não conseguia progredir financeiramente, é que resolvi fazer escolhas mais inteligentes.
É impressionante o poder de nossa mente. Somos prisioneiros de nós mesmos. Em um determinado dia percebi que “rico” era apenas mais uma palavra no dicionário e que, assim como “dinheiro”, nós é que damos o significado que mais nos convém.
Resignifiquei, dentro de mim, a definição de “ser rico” e de riqueza. Diversos dicionários nos trazem os seguintes significados:
Que possui muitos bens ou muitas coisas de valor (esse é o senso mais comum);
Provido abundantemente;
Abundante;
Fértil;
Produtivo;
Precioso;
Valioso;
Que traz consigo riquezas e vantagens;
Que produz muito;
Que agrada;
Que é alvo de afeto;
Magnificente;
Fecundo em ideias;
Etc…
A partir daí tudo ficou mais simples, é como se uma grande e iluminada avenida tivesse se aberto na minha vida. Não havia mais medo, culpa, freios ou impedimentos. Foi assim que dei o primeiro passo na direção de minha liberdade financeira, pois estava me tornando mentalmente livre.
Não deixei de ser quem eu sou, não abandonei meus valores morais e éticos, não passei a ser menos nem mais espiritualizado, não mudei a forma como me relaciono com as pessoas, não me tornei mesquinho, avarento, egoísta ou ganancioso.
Continuei sendo apenas eu mesmo, ou melhor, uma versão melhor de mim mesmo! Tudo isso através de uma simples, porém difícil, mudança de perspectiva e de mentalidade. Ao invés de me prender a várias crenças limitantes, passei a me nutrir de crenças fortalecedoras.
A pergunta que vem logo em seguida é: Por quê? Para que desejar ter muito dinheiro? Isso me deixaria mais feliz? Afinal, dinheiro traz mesmo felicidade?
A verdade é que o dinheiro por si só não tem atributos. Não é bom nem ruim. Não traz felicidade nem problemas. Ele é apenas um veículo. Tudo depende da forma como o usamos.
Quem dá um significado positivo ou negativo ao dinheiro são as pessoas que com ele se relacionam. Essas, em última instância, é que podem ser boas, más, felizes, infelizes ou merecedoras de quaisquer outros adjetivos.
Se o meu objetivo é SER cada vez mais uma pessoa melhor, com desejos de ajudar o maior número de pessoas, e o dinheiro me auxilia bastante nesta tarefa, por que não querer possuí-lo com abundância?
Se eu tenho um objetivo de doar cem mil reais por mês para projetos ou causas sociais, para pessoas que necessitam do básico, ou até mesmo para impulsionar o desenvolvimento de novas tecnologias que possam vir a revolucionar o mundo criando condições de vida mais próspera e abundante para todos, quer dizer então que desejar ter tanto dinheiro é algo vazio ou ganancioso? Não me parece sensato pensar assim.
O seu PORQUÊ é a grande chave de tudo. Se o seu objetivo final for apenas o de TER uma grande montanha de dinheiro para sentar em cima dela, existe um sério risco de você não ser feliz.
Agora tente pensar na sua verdadeira paixão, naquilo que você faria a vida inteira por puro prazer e de graça! Muito provavelmente vai descobrir que não só experimentará uma grande felicidade como também levará esta felicidade para as vidas de várias outras pessoas. E curiosamente descobrirá que o dinheiro nunca mais será um problema em sua vida.
Lembre-se: dinheiro é apenas um veículo, uma ferramenta. Ele é meio e não fim! Portanto não é nele que deve estar o seu foco e sim no seu grande PORQUÊ, naquilo que te deixa feliz!
Ricardo Geromel, no livro “Bilionários”, cita que “os gregos costumavam dizer que, se correr atrás da Deusa da Fortuna, ela fugirá; porém, se cortejar a Deusa da Sabedoria com afinco e dedicação, ela se doará para você pouco a pouco. Então, a Deusa da Fortuna, ao ver que está conquistando a Deusa da Sabedoria, repentinamente aparecerá na sua vida e você terá grandes chances de conquistá-la.”
Abundância é um dos sinônimos de riqueza, lembra? E uma vida vivida com abundância (de felicidade, de respeito, de carinho, de amor, de recursos, de educação, de oportunidades, de bons relacionamentos, e também de dinheiro) é uma vida que vale a pena ser vivida.
E você? Quais são as suas crenças limitantes em relação ao dinheiro? Que tal se dar uma chance de repensá-las e enxergá-las sobre uma nova perspectiva?
AS 5 MAIORES CRENÇAS LIMITANTES SOBRE O DINHEIRO… E COMO RESIGNIFICÁ-LAS
Aqui abaixo listo cinco das principais crenças limitantes sobre o dinheiro. Veja se você se identifica com alguma delas.
1 – O DINHEIRO É A RAIZ DE TODOS OS MALES
A frase original é: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Um equívoco comum, principalmente se você ainda não desenvolveu habilidades nesta área da sua vida, é o de achar que o dinheiro é algo ruim, ou o verdadeiro causador de todos os problemas.
Substitua esta crença por:
O dinheiro é neutro e é um recurso para eu fazer o bem.
2- EU SEREI JULGADO E CRITICADO SE TIVER MUITO DINHEIRO
Muitas vezes nos preocupamos em excesso com o que os outros pensam a nosso respeito ou com o que falam sobre nós. É perda de tempo querer controlar aquilo que nunca estará sob nosso controle. É impossível tentar controlar ou determinar aquilo que os outros pensam, falam e sentem. A única pessoa que podemos controlar somos nós mesmos.
Portanto devemos focar em agir e tomar nossas decisões de acordo com nossos valores, sempre respeitando os limites e os direitos de todos.
Substitua esta crença por:
Eu serei admirado pelas atitudes que tomo ao empregar o dinheiro que possuo para fazer o bem.
3 – NÃO NASCI EM FAMÍLIA RICA E PORTANTO NUNCA TEREI MUITO DINHEIRO
Você não precisa ter nascido rico para ser rico. Ser rico ou ser pobre é algo que se aprende. Cabe a você escolher o que quer aprender. Quando você desenvolve um modelo de crenças fortalecedoras e adquire o conhecimento necessário para criar, construir e proteger sua riqueza você será rico mesmo não tendo nascido numa família rica.
Substitua esta crença por:
Eu faço as minhas escolhas e tenho capacidade de aprender as habilidades necessárias à construção e manutenção da riqueza.
4 – A MAIORIA DOS RICOS PROVAVELMENTE FEZ ALGO DE RUIM OU DESONESTO PARA GANHAR DINHEIRO
Talvez você tenha vivenciado algumas experiências negativas com pessoas ricas e a partir daí criou esta crença limitante de que todos os ricos se comportarão da mesma maneira.
Existem sim muitos ricos que fizeram suas fortunas de forma ilícita ou desonesta. Os noticiários nos trazem vários exemplos diariamente. O problema é que os ricos honestos não viram notícia. Aí nossa percepção fica enviesada e tendenciosa a achar que só existem os corruptos, ladrões e desonestos. Pois saiba que estes não são a maioria.
Substitua esta crença por:
Os ricos são pessoas que adquiriram habilidade de ganhar dinheiro.
5 – É EGOÍSMO QUERER UM MONTE DE DINHEIRO
O dinheiro que você ganha é a representação do valor que você gerou para outras pessoas. Quanto mais dinheiro, significa que mais valor você gerou e para uma quantidade de pessoas muito maior. Gerar valor na vida das pessoas é o mesmo que ser generoso.
Substitua esta crença por:
O dinheiro que eu ganho representa o valor que gero nas vidas das pessoas.
OS 3 PASSOS FUNDAMENTAIS PARA MODIFICAR ESTE MODELO MENTAL DE CRENÇAS LIMITANTES
T. Harv Eker, em “Os Segredos da Mente Milionária”, nos ensina os 3 passos fundamentais para o nosso recondicionamento mental em relação às crenças limitantes sobre dinheiro.
Pense em cada uma das crenças limitantes que você julga que carrega dentro de si. Escreva todas elas numa folha de papel, num caderno, no computador ou onde achar mais conveniente.
Para cada uma delas siga estes três passos:
CONSCIENTIZAÇÃO
O primeiro passo para mudar é tornar-se consciente daquilo que te prende, que te trava, que te amarra. Os seus preconceitos, as suas crenças negativas, as suas verdades absolutas. Pare, analise e compreenda o efeito disso dentro de você.
Pense em situações específicas que você tenha vivenciado quando criança e que te fizeram assumir esta determinada crença como uma verdade absoluta.
ENTENDIMENTO
Escreva sobre como esses episódios podem ter influenciado na sua vida financeira. Que emoções vivenciou? Quem lhe fez experimentar estas emoções? Em que contexto?
DISSOCIAÇÃO OU RECONDICIONAMENTO
Quando você consegue entender que suas maneiras de pensar e ser vêm de fora, você pode se dissociar delas. Você percebe que esses pensamentos representam apenas o seu aprendizado passado, que eles não são quem você é? Consegue enxergar que o presente lhe dá a opção de ser diferente?
Compreendendo isso você está livre para enxergar tudo sob uma perspectiva diferente e a partir daí estará apto a se recondicionar para pensar diferente.
Este processo não acontece de forma instantânea. Requer um pouco de dedicação, tempo e reprogramação mental. Mas é essencial para o início de uma vida livre, rica e abundante.